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Professoras criam projeto musical para inclus?o de pessoas com deficiência em Rio Claro

Duas professoras apaixonadas por música transformaram sua voca??o em um projeto que muda vidas em Rio Claro (SP).

Formadas em musicoterapia,?odepessoascomdeficiêpanfleto de poker Ver?nica Duarte e Marli Aparecida Rodrigues fundaram, há quase 11 anos, a Escola de Música Consonancia, com a miss?o de levar os benefícios da música a pessoas que antes n?o tinham acesso.

Embora n?o seja exclusivo, a escola tem como principal público pessoas com deficiência (PCDs), acolhendo desde crian?as até idosos.

Duas professoras apaixonadas por música transformaram sua voca??o em um projeto que muda vidas em Rio Claro (SP). Formadas em musicoterapia, Ver?nica Duarte e Marli Aparecida Rodrigues fundaram, há quase 11 anos, a Escola de Música Consonancia, com a miss?o de levar os benefícios da música a pessoas que antes n?o tinham acesso.

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O espa?o nasceu de forma simples, com doa??es, e aos poucos se tornou um ambiente de amor, respeito e acessibilidade.

Embora n?o seja exclusivo, a escola tem como principal público pessoas com deficiência (PCDs), acolhendo desde crian?as até idosos, todos encontrando na música um cuidado especial e um verdadeiro remédio para a alma.

Um desses exemplos é o Jo?o, diagnosticado com autismo ainda na infancia. Ele fala pouco, mas descobriu no teclado uma paix?o que abriu novos caminhos. A m?e, Aila dos Santos, lembra das dificuldades no início.

"A primeira vez que procurei uma escola para colocar ele, saí cedo de casa e levei cinco 'n?os', nunca vou esquecer disso, foi marcante. Muita gente falou, n?o p?e, ele n?o vai aprender nada. Mas hoje, qualquer coisa que ele faz, que eu vejo que ele evoluiu, me deixa emocionada"., disse.

1 de 4 Escola de Música Consonancia em Rio Claro — Foto: Acervo EPTV

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Início do projeto

A iniciativa nasceu quando Ver?nica, ent?o professora de música em um conservatório da cidade, teve em sua turma um aluno com transtorno do espectro autista.

O pai sonhava em vê-lo aprender música, mas, na época, Ver?nica era apenas educadora musical e n?o tinha preparo específico para atendê-lo.

A experiência despertou nela a vontade de estudar musicoterapia, área que utiliza os elementos musicais para promover, reabilitar e manter a saúde e o bem-estar físico, emocional, mental e social.

O resultado n?o demorou a aparecer: aquele aluno conseguiu avan?ar na música, e o exemplo de dedica??o foi atraindo outras crian?as com deficiência. Ainda assim, esse n?o era o público principal da escola.

Entre conversas com a amiga Marli, que compartilhava do mesmo desejo de inclus?o, surgiu a ideia de criar uma escola de música voltada especialmente para pessoas com deficiência.

Assim, em uma pequena sala de casa, com apenas um acordeon, um teclado, um viol?o, uma flauta (e um grande sonho) as duas professoras come?aram o projeto. Em apenas seis meses, 15 alunos com deficiência já participavam das aulas, marcando o início de uma história de crescimento e impacto.

2 de 4 Escola de Música Consonancia em Rio Claro — Foto: Acervo EPTV

Cantando ou tocando instrumentos, os alunos foram se descobrindo e se desenvolvendo. é o caso de Arthur, de 7 anos, diagnosticado com autismo. A m?e, Andreia Medinilha Pancher, percebeu avan?os importantes:

Aumento da paciência, tolerancia, a quest?o do ritmo melhorou bastante, o compasso. Isso organiza, traz uma sequência, uma previs?o que eles precisam muito", disse a m?e.

Para Marli, a escola é um lugar onde as crian?as brincam, convivem e se sentem seguras, vencendo barreiras e encontrando apoio para o seu desenvolvimento.

"N?o dá para silenciar o mundo, para incluir o autista. Nós temos que trabalhar para que eles se sintam inclusos, de uma forma natural. Para que as pessoas entendam que eles s?o diferentes como todos nós somos diferentes um dos outros e que eles têm a contribui??o para dar socialmente, inclusive a nos ensinar a ter paciência e sermos gentis", disse.

Diagnóstico inusitado

3 de 4 Escola de Música Consonancia em Rio Claro — Foto: Acervo EPTV

Em meio a tanto amor e dedica??o ao projeto, Ver?nica recebeu um diagnóstico inesperado. Três anos após o início da iniciativa, ela decidiu passar por uma avalia??o e descobriu que também está dentro do transtorno do espectro autista (TEA), nível 1 de suporte, assim como muitos de seus alunos.

"Já tinha várias características que eles têm e assim vamos caminhando junto. A gente quer que o projeto se propague para o Brasil inteiro e n?o somente aqui em Rio Claro, mas que outras pessoas possam incluir porque a diversidade existe . Se a gente tem que ter respeito e o amor por aquilo que é diferente para nós, o mundo vai se tornar bem melhor", disse.

4 de 4 Escola de Música Consonancia em Rio Claro — Foto: Acervo EPTV

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