Madeira ganha espa?o na decora??o de ambientes planejados, em Goiania

Queimadas d?o trégua em 2025, mas mudan?as climáticas e atua??o conjunta de governos ainda s?o desafios

Um dos principais problemas ambientais do ?otréguaemmasmudan?asclimáticaseatua??oconjuntadegovernosaindas?fogo e agua jogopaís nessa década, as queimadas deram uma trégua nos primeiros meses de 2025, mas ainda s?o motivo de preocupa??o, em especial no Cerrado, que concentra a maioria dos casos, já que o período de estiagem dura até outubro na maior parte do Centro-Oeste e Norte. O receio de uma crise semelhante à que atingiu diferentes biomas no ano passado já levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a convocar para amanh? uma reuni?o com governadores dos estados da Amaz?nia, Cerrado e Pantanal para alinhar estratégias que ser?o usadas nesta temporada de incêndios. Um desafio na preven??o ao fogo, segundo especialistas e a própria gest?o federal, é a atua??o integrada das diferentes esferas de governos. Leia mais: MPF cobra Ministério Público do Acre para localizar acervo de Chico Mendes, desaparecido desde 201938,4% da capacidade: Reservatórios da Grande SP têm pior nível desde a crise hídrica de 2015; governo autorizou redu??o da press?o à noite A queda nos focos de calor até aqui é fruto, dizem os pesquisadores, de um alívio climático após dois anos de secas excepcionais — com as mudan?as climáticas, o período tem aumentado na Amaz?nia e no Cerrado, na compara??o com décadas anteriores — e do aumento de esfor?os do governo federal e de gest?es estaduais em medidas de preven??o. Sancionada há um ano, a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo ajudou a mudar paradigmas no combate aos incêndios, com mais a??es preventivas do que emergenciais. Com exce??o da Caatinga e do Pampa, o fogo diminuiu em todas as regi?es do país. Mas, diferentemente do que costuma acontecer, principalmente pela diferen?a de tamanho entre os biomas, dessa vez o Cerrado é quem mais concentra focos de calor no ano. Tradicionalmente, a Amaz?nia lidera em números absolutos. Entre 1o de janeiro e a última segunda-feira (25), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) identificou 42.678 focos de queimada no Brasil, número 60% menor que o registrado no mesmo período do ano passado. Segundo análise do Laboratório de Aplica??es de Satélites Ambientais (Lasa), da UFRJ, por enquanto 2025 é o ano com menor área queimada desde 2017. Ao convocar os governadores, Lula refor?ou a aten??o ao que foi um dos focos de crise do governo em 2024 — a gest?o petista foi pressionada a dar respostas contra a crise climática que teve efeitos em várias regi?es do país. Em fevereiro, o Ministério do Meio Ambiente antecipou em dois meses a edi??o de uma portaria que, anualmente, identifica os locais mais vulneráveis ao fogo e seus períodos de risco, viabilizando a contrata??o de brigadistas contra queimadas. Quando a medida foi anunciada, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, alertou que uma das principais dificuldades no enfrentamento ao fogo é a articula??o com estados e municípios para as a??es de preven??o. Apesar da necessidade de esfor?os integrados, a reuni?o de amanh? convocada por Lula ainda n?o tem a confirma??o da participa??o de todos os governadores. Algumas baixas já est?o, inclusive, previstas. O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), já tinha compromissos e vai enviar a Brasília o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Leonardo Rodrigues Congro, presidente do Comitê Interinstitucional de Preven??o e Combate aos Incêndios Florestais do estado. A informa??o foi antecipada pela coluna de Lauro Jardim. O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), também n?o vai comparecer. Ele será representado pelo secretário de Meio Ambiente, Marcello de Lima Lelis. O estado é um dos líderes em focos de calor no ano — foram 5,1 mil —, atrás apenas do Mato Grosso (6,4 mil) e do Maranh?o (5,2 mil). Juntos, os três estados representam 28,9% do total. Maranh?o e Tocantins integram o chamado Matopiba, ao lado de Piauí e Bahia, que foi a regi?o com maior desmatamento em 2024, respondendo por 82% da perda de vegeta??o nativa do Cerrado. Procurado, o governo do Tocantins afirma que, entre janeiro e julho, o estado registrou redu??o de 27,7% no número de focos de queimadas e de 28,7% na área queimada frente a 2024, o que é resultado, diz, do investimento em a??es de preven??o, monitoramento e combate ao fogo. Já a Secretaria de Meio Ambiente do Maranh?o afirma que tem intensificado fiscaliza??es, monitoramento remoto em tempo real e que o Programa Maranh?o Sem Queimadas distribui equipamentos para combate a queimadas e incêndios florestais. Amplia??o de medidas Professora de ecologia da UnB e pesquisadora da Rede Biota Cerrado, Isabel Schmidt avalia que os esfor?os recentes só ter?o resultados concretos se houver continuidade nas a??es e amplia??o das medidas de preven??o em políticas estaduais e municipais. Ela lembra que os territórios protegidos pela Uni?o correspondem a apenas cerca de 10% da extens?o do país. — Temos agora mais equipamentos e recursos do que no ano passado. Mas o desafio é expandir o manejo integrado do fogo para além das áreas federais. Há muito caminho ainda a se percorrer, principalmente nas áreas estaduais e privadas, que s?o a maior parte. O governo federal está fazendo seu papel de empurrar isso, mas, como qualquer coisa ambiental, o resultado n?o necessariamente vem imediatamente. A estratégia alinhada pelo Ministério do Meio Ambiente prevê medidas de preven??o e enfrentamento. A pasta disp?e de 11 aeronaves para brigadistas, o que ampliou em mais de 70% a capacidade de transporte e aumentou em mais de 100% a capacidade de lan?amento de água. Há também mais de 800 viaturas para opera??o. Além disso, o Fundo Amaz?nia vai destinar R$ 150 milh?es para a??es de preven??o e combate a incêndios no Cerrado e Pantanal. Os recursos, pela primeira vez usados em biomas diferentes que a Amaz?nia, servir?o para o projeto Manejo Integrado do Fogo e a compra de equipamentos como drones e caminhonetes para as áreas mais vulneráveis. Diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amaz?nia (Ipam) e coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar também destaca a necessidade de atua??o de prefeitos. — O engajamento dos prefeitos e municípios nessa agenda é fundamental. A gente tem falado muito do governo federal, ou órg?os estaduais, como Defesa Civil, mas os municípios têm um papel-chave. O fogo acontece no território e tem que ter solu??o no território — explica. As especialistas consideram a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, sancionada em julho do ano passado, e o alívio climático após um forte El Ni?o os dois principais fatores para a queda dos focos de calor em 2025. Alencar acrescenta ainda o aumento da fiscaliza??o e um possível trauma entre pequenos agricultores e produtores rurais que, assustados com as queimas do ano passado, podem ter evitado o uso do fogo agora em suas propriedades. O manejo integrado do fogo é um conceito que utiliza o próprio fogo como ferramenta para impedir incêndios futuros. Isso significa, por exemplo, queimar, de forma controlada, áreas muito secas, que podem servir como combustível para grandes incêndios. No Cerrado, por exemplo, por sua característica de savana, há grande presen?a de capim e gramas, por isso é um bioma que tradicionalmente convive com queimadas. A política deu regras e ferramentas a esse manejo. Segundo Schmidt, ainda que recente, a lei vem incentivando legisla??es semelhantes em alguns estados. — A lógica é queimar algumas áreas, de maneira planejada — explica a especialista, que diz que esse conceito “quebra um paradigma importante”. — O Brasil passou décadas só correndo atrás do fogo. Isso resolve alguns problemas, mas n?o a recorrência dos incêndios. Mais recente Próxima Julho registra menor área mensal queimada no Brasil em sete anos Lula Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.32px}.bstn-aovivo-label,.feed-post-header-chapeu{ vertical-align:middle}.bstn-aovivo-label{ 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